quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ARTE EGÍPCIA



A antiga civilização egípcia era bastante complexa em sua organização social e muito rica em seu desenvolvimento cultural. Como havia a forte crença em uma vida depois da vida, a arte voltava-se sobremaneira para esse aspecto da religiosidade. E tinha-se na figura do Faraó uma centralização e uma representação de todo o povo. Preservar o corpo do Faraó e dota-lo dos meios próprios para a segunda vida, era garantir a todo o povo as mesmas possibilidades. O faraó era mais do que um simples governante. O faraó englobava o próprio povo, seu destino e sua eternização.


A arte egípcia teve algumas características básicas que a distinguiram:

Na representação da figura humana, o rosto era sempre apresentado de perfil, mesmo os olhos sendo mostrados de frente. Isso nos dá um certo ar de irrealidade. O tronco era apresentado de frente mas as pernas sempre estavam de perfil. Esse é um aspecto bem curioso e chama-se lei da frontalidade. É fácil observar essa característica na maior parte dos auto-relevos e representações pictóricas do antigo Egito.



Havia um outro aspecto, conhecido como peso da alma. As pessoas mais importantes eram representadas em tamanho maior. Assim, o Faraó era sempre maior do que sua esposa. Em seguida a esses, pela ordem de tamanho, vinham os sacerdotes, os escribas, os soldados e finalmente o resto do povo. Por isso transmite-se a idéia de que os faraós eram figuras gigantescas, o que nem sempre era verdade.




Um outro padrão também nos aparece como curioso. As figuras masculinas usavam o tom vermelho e as figuras femininas o tom ocre.

Entretanto, o que mais se destaca na arte egípcia é de fato a arquitetura, através da construção de templos de tamanhos monumentais. A primeira imagem que nos vem em mente é a imagem de uma pirâmide. As pirâmides eram túmulos para os faraós e tinham uma área de ocupação muito pequena, em relação ao tamanho do monumento.



Projetação Transversal da Pirâmide de Queops

É difícil imaginar como eram construídas as pirâmides. Devemos sempre ter em mente que foram levantadas dezenas de séculos antes de Cristo. Esse corte representativo é da pirâmide de Queops, uma das maiores. Essas construções foram erguidas unicamente com a função de túmulo e de preservação do faraó. A arquitetura egípcia era monumental em todos os aspectos.




Em algumas dessas pirâmides foram encontrados tesouros, também de proporções monumentais. No túmulo de Tutancâmon, por exemplo, foi encontrado um grande tesouro. Tutancâmon foi um faraó que morreu aos 18 anos de idade. No Vale dos Reis, onde está o seu túmulo, o sarcófago que continha a múmia do jovem faraó era feito de ouro maciço com aplicações em azul, coral e turquesa. O seu trono, datado do século XIV a.C. era feito de madeira esculpida, recoberto inteiramente em ouro e ornamentado com incrustrações multicoloridas em vidro, cerâmica esmaltada, prata e pedras preciosas. Esse trono está hoje no Museu Egípcio do Cairo e constitui-se em uma das peças mais explêndidas do tesouro de Tutancâmon, assim como a sua máscara, uma peça de rara beleza.



Há uma outra coisa muito curiosa a respeito dos monumentos do antigo Egito. Sabe-se que a Esfinge de Gizé não tem o seu nariz completo. Como será que ela perdeu o seu nariz? Esse nariz, datado de 2500 anos antes de Cristo, foi destruído por uma bala de canhão.



Haviam tropas Turco-Egípcias que controlavam o país desde o século XIV. Quando Napoleão invadiu o Egito em 1798 essas tropas prepararam-se para a defesa da região e enquanto as batalhas não tinham início, treinavam e calibravam os seus canhões atirando na Esfinge e nas Pirâmides. É de se ficar sem compreender como desconsideravam o valor daqueles monumentos. A Esfinge tem 70m de comprimento e 22m de altura.

A arte egípcia estava intimamente ligada à religião, por isso era bastante padronizada, não dando margens à criatividade ou à imaginação pessoal, pois a obra devia revelar um perfeito domínio das técnicas e não o estilo do artista.

A arte egípcia caracteriza-se pela representação da figura humana sempre com o tronco desenhado de frente, enquanto a cabeça, as pernas e os pés são colocados de perfil. O convencionalismo e o conservadorismo das técnicas de criação voltaram a produzir esculturas e retratos estereotipados que representam a aparência ideal dos seres, principalmente dos reis, e não seu aspecto real.

Após a morte de Ramsés II, o poder real tornou-se muito fraco. O Egito foi invadido sucessivamente pelos etíopes, persas, gregos e, finalmente, pelos romanos.

A sua arte, que influenciada pela dos povos invasores, vai perdendo sua características.

A pintura egípcia teve seu apogeu durante o império novo, uma das etapas históricas mais brilhantes dessa cultura. Entretanto, é preciso esclarecer que, devido à função religiosa dessa arte, os princípios pictóricos evoluíram muito pouco de um período para outro. Contudo, eles se mantiveram sempre dentro do mesmo naturalismo original. Os temas eram normalmente representações da vida cotidiana e de batalhas, quando não de lendas religiosas ou de motivos de natureza escatológica.

As figuras típicas dos murais egípcios, de perfil mas com os braços e o corpo de frente, são produto da utilização da perspectiva da aparência. Os egípcios não representaram as partes do corpo humano com base na sua posição real, mas sim levando em consideração a posição de onde melhor se observasse cada uma das partes: o nariz e o toucado aparecem de perfil, que é a posição em que eles mais se destacam; os olhos, braços e tronco são mostrados de frente. Essa estética manteve-se até meados do império novo, manifestando-se depois a preferência pela representação frontal. Um capítulo à parte na arte egípcia é representado pela escrita. Um sistema de mais de 600 símbolos gráficos, denominados hieróglifos, desenvolveu-se a partir do ano 3300 a.C. e seu estudo e fixação foi tarefa dos escribas. O suporte dos escritos era um papel fabricado com base na planta do papiro. A escrita e a pintura estavam estreitamente vinculadas por sua função religiosa. As pinturas murais dos hipogeus e as pirâmides eram acompanhadas de textos e fórmulas mágicas dirigidas às divindades e aos mortos.

É curioso observar que a evolução da escrita em hieróglifos mais simples, a chamada escrita hierática, determinou na pintura uma evolução semelhante, traduzida em um processo de abstração. Essas obras menos naturalistas, pela sua correspondência estilística com a escrita, foram chamadas, por sua vez, de Pinturas Hieráticas. Do império antigo conservam-se as famosas pinturas Ocas de Meidun e do império novo merecem menção os murais da tumba da rainha Nefertari, no Vale das Rainhas, em Tebas.

A pirâmide foi criada durante a dinastia III, pelo arquiteto Imhotep, e essa magnífica obra lhe valeu a divinização. No início as tumbas egípcias tinham a forma de pequenas caixas; eram feitas de barro, recebendo o nome de mastabas (banco). Foi desse arquiteto a idéia de superpor as mastabas, dando-lhes a forma de pirâmide. Também se deve a Imhotep a substituição do barro pela pedra, o que sem dúvida era mais apropriado, tendo em vista a conservação do corpo do morto. As primeiras pirâmides foram as do rei Djeser, e elas eram escalonadas. As mais célebres do mundo pertencem com certeza à dinastia IV e se encontram em Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, cujas faces são completamente lisas. A regularidade de certas pirâmides deve-se aparentemente à utilização de um número áureo, que muito poucos arquitetos conheciam. Outro tipo de construção foram os hipogeus, templos escavados nas rochas, dedicados a várias divindades ou a uma em particular. Normalmente eram divididos em duas ou três câmaras: a primeira para os profanos; a segunda para o faraó e os nobres; e a terceira para o sumo sacerdote. A entrada a esses templos era protegida por galerias de estátuas de grande porte e esfinges.

Quanto à arquitetura civil e palaciana, as ruínas existentes não permitem recolher muita informação a esse respeito.

A escultura egípcia foi antes de tudo animista, encontrando sua razão de ser na eternização do homem após a morte. Foi uma estatuária principalmente religiosa.

A representação de um faraó ou um nobre era o substituto físico da morte, sua cópia em caso de decomposição do corpo mumificado. Isso talvez pudesse justificar o exacerbado naturalismo alcançado pelos escultores egípcios, principalmente no império antigo. Com o passar do tempo, a exemplo da pintura, a escultura acabou se estilizando. As estatuetas de barro eram peças concebidas como partes complementares do conjunto de objetos no ritual funerário.

Já a estatuária monumental de templos e palácios surgiu a partir da dinastia XVIII, como parte da nova arquitetura imperial, de caráter representativo. Paulatinamente, as formas foram se complicando e passaram do realismo ideal para o amaneiramento completo. Com os reis ptolemaicos, a grande influência da Grécia revelou-se na pureza das formas e no aperfeiçoamento das técnicas. A princípio, o retrato tridimensional foi privilégio de faraós e sacerdotes.

Com o tempo estendeu-se a certos membros da sociedade, como os escribas. Dos retratos reais mais populares merecem menção os dois bustos da rainha Nefertite, que, de acordo com eles, é considerada uma das mulheres mais belas da história universal. Ambos são de autoria de um dos poucos artistas egípcios conhecidos, o escultor Thutmosis, e encontram-se hoje nos museus do Cairo e de Berlim. Igualmente importantes foram as obras de ourivesaria, cuja maestria e beleza são suficientes para testemunhar a elegância e a ostentação das cortes egípcias. Os materiais mais utilizados eram o ouro, a prata e pedras. As jóias sempre tinham uma função específica (talismãs), a exemplo dos objetos elaborados para os templos e as tumbas. Os ourives também colaboraram na decoração de templos e palácios, revestindo muros com lâminas de ouro e prata lavrados contendo inscrições, dos quais restaram apenas testemunho.

A arte Egípcia surgiu a mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas.

O local a ser trabalhado primeiramente recebia um revestimento de gesso branco e em seguida se aplicava a tinta sobre gesso. Essa tinta era uma espécie de cola produzida com cores minerais.

Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses e do seu povo em menor escala, já que as pessoas não podiam ser representadas ao lado de deuses e nem dentro de templos. Provavelmente eles não tiveram a intenção de nos deixar a "arte" de seus criadores.

O tamanho das pessoas e objetos não caracterizavam necessariamente a distância um do outro e sim a importância do objeto, o poder e o nível social.

Os valores dos egípcios eram eternos e estáveis. Suas leis perduraram cerca de 6.000 anos. O Faraó representava os homens junto aos deuses e os deuses junto aos homens, assim como era responsável pelo bem-estar do povo, sendo considerado também como um próprio Deus

ARTE NA PRÉ HISTORIA



A arte é uma necessidade do homem, e tudo que sabemos sobre o homem em suas primeiras épocas (alem de suas ossadas) _ deve-se ao artesanato.

O homem primitivo escavou, gravou ou pintou nas paredes rochosas dos seus abrigos, mas e homem da Pré - História; bem, as primeiras manifestações da arte Pré - Histórica foram pequenas estatuetas ou incisões, alem de utensílios de pedra talhada.

A arte desta época é freqüentemente animalista, exceto algumas estatuetas que representam corpos femininos muito estilizados, e as figuras de animais são mais simbólicas.

O período mais antigo é caracterizado por formas geométricas, por silhuetas de animais desenhada com os dedos nas paredes argilosas úmidas e por mão pintadas em negativos sobre um fundo vermelho ou negro. Esta arte é principalmente caracterizada pela intensidade dramática do movimento; o artista não procurava dar as formas reais, mas esquemas, por sinais e símbolos, e outros meios de expressão artística é a cerâmica e utensílios

Fonte: www.eba.ufmg.br
Arte na Pré-História

Um dos períodos mais fascinantes da história humana é a Pré-História. Esse período não foi registrado por nenhum documento escrito, pois é exatamente a época anterior à escrita. Tudo o que sabemos dos homens que viveram nesse tempo é o resultado da pesquisa de antropólogos, historiadores e dos estudos da moderna ciência arqueológica, que reconstituíram a cultura do homem.
Divisão da Pré-História

Paleolítico Superior

A principal característica dos desenhos da Idade da Pedra Lascada é o naturalismo. O artista pintava os seres, um animal, por exemplo, do modo como o via de uma determinada perspectiva, reproduzindo a natureza tal qual sua vista captava.

Atualmente, a explicação mais aceita é que essa arte era realizada por caçadores, e que fazia parte do processo de magia por meio do qual procurava-se interferir na captura de animais, ou seja, o pintor-caçador do Paleolítico supunha ter poder sobre o animal desde que possuísse a sua imagem.

Acreditava que poderia matar o animal verdadeiro desde que o representasse ferido mortalmente num desenho. Utilizavam as pinturas rupestres, isto é, feitas em rochedos e paredes de cavernas. O homem deste período era nômade.

Os artistas do Paleolítico Superior realizaram também trabalhos em escultura. Mas, tanto na pintura quanto na escultura, nota-se a ausência de figuras masculinas. Predominam figuras femininas, com a cabeça surgindo como prolongamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado e grandes nádegas. Destaca-se: Vênus de Willendorf.
PALEOLÍTICO INFERIOR

aproximadamente 5.000.000 a 25.000 a.C.; primeiros hominídios; caça e coleta; controle do fogo; e instrumentos de pedra e pedra lascada, madeira e ossos: facas, machados.
PALEOLÍTICO SUPERIOR

Instrumentos de marfim, ossos, madeira e pedra: machado, arco e flecha, lançador de dardos, anzol e linha; e desenvolvimento da pintura e da escultura.
Neolítico

A fixação do homem da Idade da Pedra Polida, garantida pelo cultivo da terra e pela manutenção de manadas, ocasionou um aumento rápido da população e o desenvolvimento das primeiras instituições, como família e a divisão do trabalho. Assim, o homem do Neolítico desenvolveu a técnica de tecer panos, de fabricar cerâmicas e construiu as primeiras moradias, constituindo-se os primeiros arquitetos do mundo. Conseguiu ainda, produzir o fogo através do atrito e deu início ao trabalho com metais.

Todas essas conquistas técnicas tiveram um forte reflexo na arte. O homem, que se tornara um camponês, não precisava mais ter os sentidos apurados do caçador do Paleolítico, e o seu poder de observação foi substituído pela abstração e racionalização. Como conseqüência surge um estilo simplificador e geometrizante, sinais e figuras mais que sugerem do que reproduzem os seres. Os próprios temas da arte mudaram: começaram as representações da vida coletiva.

Além de desenhos e pinturas, o artista do Neolítico produziu uma cerâmica que revela sua preocupação com a beleza e não apenas com a utilidade do objeto, também esculturas de metal.

Desse período temos as construções denominadas dolmens. Consistem em duas ou mais pedras grandes fincadas verticalmente no chão, como se fossem paredes, e uma grande pedra era colocada horizontalmente sobre elas, parecendo um teto. E o menir que era monumento megalítico que consiste num único bloco de pedra fincado no solo em sentido vertical.

O Santuário de Stonehenge, no sul da Inglaterra, pode ser considerado uma das primeiras obras da arquitetura que a História registra. Ele apresenta um enorme círculo de pedras erguidas a intervalos regulares, que sustentam traves horizontais rodeando outros dois círculos interiores. No centro do último está um bloco semelhante a um altar. O conjunto está orientado para o ponto do horizonte onde nasce o Sol no dia do solstício de verão, indício de que se destinava às práticas rituais de um culto solar. Lembrando que as pedras eram colocadas umas sobre as outras sem a união de nenhuma argamassa
NEOLÍTICO
instrumentos de pedra polida, enxada e tear
início do cultivo dos campos
artesanato: cerâmica e tecidos
construção de pedra
primeiros arquitetos do mundo.
IDADE DOS METAIS
aparecimento de metalurgia
aparecimento das cidades
invenção da roda
invenção da escrita
arado de bois
As Cavernas

Antes de pintar as paredes da caverna, o homem fazia ornamentos corporais, como colares, e, depois magníficas estatuetas, como as famosas "Vênus".

Existem várias cavernas pelo mundo, que demonstram a pintura rupestre, algumas delas são:

Caverna de ALTAMIRA

Espanha, quase uma centena de desenhos feitos a 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902.

Caverna de LASCAUX

França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês.

Caverna de CHAUVET

França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e animais diversos, descoberta em 1994.

Gruta de RODÉSIA

África, com mais de 40.000 anos.

Consideramos como arte pré-histórica todas as manifestações que se desenvolveram antes do surgimento das primeiras civilizações e portanto antes da escrita. No entanto isso pressupõe uma grande variedade de produção, por povos diferentes, em locais diferentes, mas com algumas características comuns.

A primeira característica é o pragmatismo, ou seja, a arte produzida possuía uma utilidade, material, cotidiana ou mágico-religiosa: ferramentas, armas ou figuras que envolvem situações específicas, como a caça. Cabe lembrar que as cenas de caça representadas em cavernas não descreviam uma situação vivida pelo grupo, mas possuía um caráter mágico, preparando o grupo para essa tarefa que lhes garantiria a sobrevivência.



As manifestações artísticas mais antigas foram encontradas na Europa, em especial na Espanha, sul da França e sul da Itália e datam de aproximadamente de 25000a.C., portanto no período paleolítico. Na França encontramos o maior número de obras pré históricas e até hoje em bom estado de conservação, como as cavernas de Altamira, Lascaux e Castilho
Arquitetura



Os grupos pré-históricos eram nômades e se deslocavam de acordo com a necessidade de obter alimentos. Durante o período neolítico essa situação sofreu mudanças, desenvolveram-se as primeiras formas de agricultura e consequentemente o grupo humano passou a se fixar por mais tempo em uma mesma região, mas ainda utilizavam-se de abrigos naturais ou fabricados com fibras vegetais ao mesmo tempo em que passaram a construir monumentos de pedras colossais, que serviam de câmaras mortuárias ou de templos. Raras as construções que serviam de habitação.

Essa pedras pesavam mais de três toneladas, fato que requeria o trabalho de muitos homens e o conhecimento da alavanca.



Esses monumentos de pedras foram denominados "megalíticos" e podem ser classificados de: dólmens, galerias cobertas que possibilitavam o acesso a uma tumba; menires, que são grandes pedras cravadas no chão de forma vertical; e os cromlech, que são menires e dólmens organizados em círculo, sendo o mais famoso o de Stonehenge, na Inglaterra.



Também encontramos importantes monumentos megalíticos na Ilha de Malta e Carnac na França, todos eles com funções ritualisticas.
Escultura



A escultura foi responsável pela elaboração tanto de objetos religiosos quanto de utensílios domésticos, onde encontramos a temática predominante em toda a arte do período, animais e figuras humanas, principalmente figuras femininas, conhecidas como Vênus, caracterizadas pelos grandes seios e ancas largas, são associadas ao culto da fertilidade;

Entre as mais famosas estão a Vênus de Lespugne, encontrada na França, e a Vênus de Willendorf, encontrada na Áustria foram criadas principalmente em pedras calcárias, utilizando-se ferramentas de pedra pontiaguda.

Durante o período neolítico europeu (5000aC - 3000dC) os grupos humanos já dominavam o fogo e passou a produção de peças de cerâmica, normalmente vasos, decorados com motivos geométricos em sua superfície; somente na idade do bronze a produção da cerâmica alcançou grande desenvolvimento, devido a utilização na armazenagem de água e alimentos
Pintura

As principais manifestações da pintura pré-histórica são encontradas no interior de cavernas, em paredes de pedra e a princípio retratavam cenas envolvendo principalmente animais, homens e mulheres e caçadas, existindo ainda a pintura de símbolos, com significado ainda desconhecido. Essa fase inicial é marcada pela utilização predominantemente do preto e do vermelho e é considerada portanto como naturalista.

No período neolítico a pintura é utilizada como elemento decorativo e retratando as cenas do cotidiano. A qualidade das obras é superior, mostrando um maior grau de abstração e a utilização de outros instrumentos que não as mãos, como espátulas.

Por volta de 2000aC as características da pintura a apresentavam um nível próximo à de formas escritas, preservando porém seu caráter mágico ou religiosos, celebrando a fecundidade ou os objetos de adoração (totens).

Arte na Pré-História
As artes na pré-história: algo mais que iconografia mágica



Por que e para que?

O interesse de estudo das artes na pré-história é muito amplo, uma vez que constituem rico material para os sociólogos na investigação dos fenômenos institucionais; para os antropólogos, na procura do ser humano a partir das bases de sua fenomenologia vital . Ao esteta e ao historiador da arte o que deve mais interessar é a busca das origens das artes e de seus possíveis significados.

Foi pensando na especificidade dos cursos de Artes Plásticas e de Educação Artística da Escola Guignard que resolvi escrever sobre artes na pré-história. Exatamente porque julgo ser uma boa oportunidade de levantarmos algumas questões, exercitar o nosso raciocínio e compreender o sentido estético das artes.

Compreende-se por pré-história o período que vai desde a origem do homem até a aparição dos primeiros escritos ou ideogramas. Divide-se em três períodos: Paleolítico ou pedra lascada, que tem início, aproximadamente, há 80 mil anos, caracterizando-se pelas atividades de caçador e pescador e a técnica de lascar toscamente a pedra para o fabrico de utensílios e armas. O período Mesolítico é o de transição entre o lascar e o polir a pedra. O Neolítico ou pedra polida ficou, mais ou menos há 10 mil anos de nossa era e caracteriza-se pela técnica do polimento da pedra, princípios da agricultura, domesticação dos animais e vegetais, desenvolvimento da cerâmica e vestígios do uso do cobre e do bronze.

De forma arbitrária, a palavra arte tem sido utilizada para qualificar quase todas as atividades humanas. Contudo, não é falso afirmar que tudo que o homem faz em sociedade é artificial. Os seus instintos são domados e submetidos ao complexo cultural de seu meio. O filhote de um cão, se atirado n'água no mesmo dia em que nasce, não se afogará porque tem condição instintiva de se defender nadando. O mesmo não acontecerá com uma criança: terá que passar por um processo de aprendizagem. O nado de uma criança é, portanto, um artifício. E quando o homem não é capaz ou não está disposto ao artifício de nadar ele usa o artefato (uma ponte ou um barco). O tigre caça com seus dentes e com suas garras naturais enquanto o homem usa o artefato (uma flecha, uma armadilha).

É exatamente isso que difere o homem dos outros animais. O homem é um animal artificioso e cultural, sujeito às leis da sociedade. Já os outros animais estão submetidos às leis da natureza.

Quando as coisas feitas e usadas pelos homens têm funções claras e objetivas, como o arco e a flecha, elas são chamadas de artefatos. Os painéis encontrados nas cavernas de Altamira na Espanha; em Lascaux, na França, representam animais dominados pelos caçadores, como o "Porco Flechado" no painel Oeste da Lapa de Cerca Grande, no município de Matosinhos em Minas Gerais, indica uma prática mágica de um povo caçador que ao representar a cena, acreditava exercer um domínio sobre o animal. Então, se na verdade tais pinturas são de caráter mágico e têm funções objetivas, elas não seriam obras de arte, mas artefatos ou artifícios utilizados pelos homens primitivos que habitaram aquelas regiões há mais de 9 mil anos.

Precisamos compreender que o enfoque econômico dos fenômenos artísticos não deve ser como uma doutrina onipotente explicativa da preponderância do fator econômico, mas que existe uma ação recíproca sobre a base da necessidade econômica que em última análise, que acaba sempre por prevalecer. Daí que o antropólogo, Marco Rubinger, é levado a afirmar: "Cada cultura tem sua esfera ideacional de pontos de comportamento, sincronizada com sua base econômica. É por isso que dizemos cultura de coletores de alimentos, de caçadores, de pastores, de agricultores, de mercadores, de industriais, mistas ou de transição".

Se um povo coletor tem uma rudimentar concepção animista do mundo, um caçador já crê em um deus animal, enquanto que uma sociedade agrícola cultua deuses da fertilidade da terra. "(RUBINGER, M. M, 1979 p 29). Um outro dado importante é que, geralmente, os povos caçadores habitaram as cavernas enquanto os povos agrícolas habitavam os campos, as montanhas e as margens dos rios, apresentando um tipo de arte muito mais refinado.(RUBINGER, M M , 1979 p 38)

Se parássemos por aqui, a questão ficaria muito nebulosa. Na verdade ela servirá para aguçar a nossa vontade de excogitar o significado da arte.

Aristóteles encarava a arte como a ciência do possível, isto é, o que pode ser de um modo ou de outro, como a arquitetura, a poesia, a retórica, a medicina, as artes manuais ou mecânicas. Excluía a lógica, a analítica, a física e a matemática. Já na Idade Média são os trabalhos manuais que significam arte. Kant separou duas classes de arte: a primeira é a arte mecânica onde se cumprem somente as operações necessárias para realizá-la (artefato? artesanato?) . A Segunda é a arte estética onde o fim imediato é o sentimento de prazer. (Arte).

O fenômeno artístico só aparece dentro de condições propícias. Charles Lalo classificou as condições anestéticas e as condições estéticas da arte. As primeiras são os fatores domésticos, religiosos, econômicos e políticos. As segundas estão ligadas ao amor, às sensações e aos sentimentos. É difícil especificar ou separar as condições estéticas das anestéticas de um painel parietal pré-histórico, a exemplo de uma representação de sol (Tradição São Francisco) bem geometrizada, em círculos e raios de cores quentes.

É difícil exatamente porque desconhecemos o momento histórico que o produziu. Esta tarefa torna-se fácil quando conhecemos em profundidade a vida social de um povo. Não sabemos nada mais dos povos primitivos que habitaram as Minas Gerais, senão aquilo que inferimos das obras por eles deixadas nas cavernas. Mas é assim mesmo: na era histórica partimos da organização social para conhecer a arte. Já na pré-história partimos da arte para compreender a sociedade.

Em minha adolescência tive um vizinho que era considerado por todos como louco ou deficiente moral. Certa vez fui ao cinema com os amigos. O vizinho nos acompanhou e assistiu ao filme que tinha como tema a Segunda Guerra Mundial. Terminada a projeção caminhamos pela cidade em animados comentários sobre a história da guerra e sobre o enredo do filme. Surpreendentemente o vizinho nos interrompeu dizendo que nunca mais iria ao cinema, pois era uma perda de tempo ficar ali duas horas com os olhos fixos na tela.

A gente nada mais via senão sombra da fantasia. Para ele o teatro era uma pura fantasia e o cinema uma sombra desta. Por muito tempo fiquei a pensar sobre o meu vizinho: como uma pessoa que era capaz de um pensamento tão lógico, tão racional podia ser considerado um louco? Por outro lado ele devia ter uma "telha" a menos por ser tão duro, tão seco e não sentir necessidade da arte. Dois anos depois ele morreu, aos 22 anos de idade, caindo no esquecimento de sua família.

O tempo foi passando até que um dia eu lia o livro "Cultura e Civilização" , de Câmara Cascudo , quando ele citou a seguinte frase de Menéndez y Pelayo : "Todo ombre tiene horas de niño, y desgraciado del que no los tenga." Minha primeira lembrança foi a do meu desgraçado vizinho. Compreendi, então, que ele havia sido escravo e vítima de uma lógica implacável. Incapaz de romper as algemas que prendiam o seu "Eu" e o impedia de voar. Incapaz, enfim, de compreender ou sentir a sua própria limitação.

Podemos aceitar ou negar a tese do caráter mágico da pintura do período paleolítico (REINACH, S, 1971 p 46). Mas não podemos afirmar que ela não seja artística. Embora extraída da realidade objetiva ela não é a realidade. É a representação imaginosa da realidade. Existiu um sentimento estético embora submetido a finalidades exteriores a ele. Isto é, a finalidades sociais. Será que a pintura que cobre as paredes dos apartamentos de hoje corresponde à finalidade puramente estética? Parece-me que a conquista de "status", muitas vezes, supera a finalidade estética de tais obras.

Quanto à pintura do Neolítico observa-se completa revolução estilística. Os pintores abandonaram o realismo figurativo do paleolítico em favor de uma simplificação e geometrização das imagens visuais. Aproveitam os símbolos e os signos. Usam as formas abstratas e abandonam o figurativismo realista.

E no Brasil?

Até 1951 não havia um livro de informação geral sobre as artes pré-históricas no Brasil. Existiam, sim, artigos publicados em revistas científicas especializadas que repousavam ociosamente nas estantes das bibliotecas. Registravam espaçadamente os casos curiosos observados por arqueólogos, antropólogos estrangeiros e estudiosos brasileiros. Em 1952 foi entregue ao público um extraordinário trabalho intitulado: "As artes plásticas no Brasil", coordenado por Rodrigo de Melo Franco Andrade. Reuniu em seu primeiro volume, as mais preciosas informações sobre o assunto. De lá para cá pouco temos a acrescentar, quer em termos de achados arqueológicos, quer em termos de análise sobre o material existente, embora possa ser registrado um interesse maior pelo assunto.

Pintura

Os registros de pinturas deixadas por sociedades primitivas (Paleolítico) formadas por caçadores são alguns os seguintes:

São Raimundo Nonato, PI, "Tradição Nordeste". Predominância das cores vermelho, amarelo, preto, branco e cinza. Tintas à base de minerais. Usavam pincéis de vegetais e com os próprios dedos. As cenas de caça focalizavam tatus sendo pegos a mão e a golpes de bastão, enquanto as onças eram atingidas com lanças para um ritual. As copas das árvores são representadas por ramagem simples e limpas, formando losangos e triângulos.

Não menos importantes são os painéis da "Tradição São Francisco" (Januária, São Francisco e Montalvânia), onde a geometrização chega a figuração humana em completa abstração, desaguando em uma codificação de complexa fruição . No que pese a complexidade das superposições, ainda se pode identificar com clareza uma roça de milho entremeada por animais.

Cerâmica

Segundo os estudiosos os povos com base na economia agrícola geralmente possuem arte cerâmica e escultura em pedra. Suas representações são modeladas, esculpidas, pintadas ou gravadas.(RUBINGER, M M, p 38).

O alto nível registrado na cerâmica do Norte do Brasil (marajoara e tapajônica) inspirou cientistas a estabelecerem relações entre os exemplares arqueológicos do norte e Sul da América. No que pese ao pouco material de que dispunha, o primeiro a estabelecer comparações entre a América Central e as da Amazônia foi Nordenskild (BARATA F. 1952 p 44). Contando com um vasto material, Helem Palmatary, da Universidade da Pensylvânia realizou o mais completo estudo tipológico da cerâmica. Em seus quinze anos de trabalho conseguiu estabelecer correlações e a existência de semelhanças ou identidades de certos traços das cerâmicas de Marajó e dos Tapajós com os da louça dos "mouds" do Sul dos Estados Unidos.(BARATA, F. 1952 p 44).

Da ilha de Marajó origina-se a cerâmica que se poderia denominar clássica, na arqueologia brasileira, caracterizada pela riqueza dos ornatos geométricos gravados (champlevê) ou pintados com admiráveis traços e perícia em suas urnas funerárias em ídolos e outros variados objetos.

A configuração cultural da ilha de Marajó é muito acidentada. Ocupada e reocupada por povos diversificados que modificaram constantemente o panorama da grande ilha. Cliford e Betty Evans denominaram pela ordem, os quatro segmentos como Anatuba, Mangueiras, Formiga e finalmente Marajoara. Além do material já mencionado os marajoaras usaram tangas de terra cota medindo, aproximadamente, 11 centímetros, de formato triangular, côncava e furos nas extremidades, para suspensão. Eram utilizadas pelas mulheres, no púbis, em rituais fúnebres. A decoração das tangas era feita com finas e graciosas incisões geométricas.(BARATA, F. 1952 p 46)

Caiapônia - Go. Predominância do vermelho. Raramente o preto, a base de minerais. Raras figuras humanas, mas acabadas, seguram crianças, usam porretes e enfrentam animais.

Cerca Grande, Matosinhos - MG. As pinturas, na parte Leste da Lapa estão há 12 metros do solo. Para alcançá-las é necessário atravessar uma longa, acidentada e escura galeria. Predomina a representação de veados. Em uma das janelas eles são distribuídos no espaço chapado, de uma galeria superior, completando uma forma piramidal. Isto é, os tamanhos das representações vão diminuindo na medida em que vão subindo e ocupando o espaço. O desenho do painel revela observação de movimento e suavidade nos contornos, coerentes com a anatomia do animal focalizado. A textura do primeiro veado da base do painel foi obtida através de linhas pontilhadas, no sentido horizontal. Quanto aos demais aplicaram o colorido pleno. Ainda nesta galeria encontramos peixes no sentido vertical. Na galeria Oeste encontramos uma série de pinturas de tamanhos reduzidos, mas todas de cenas de caças ou representações de animais, como um porco flechado. Os pigmentos utilizados eram à base de óxido de ferro abundante nas proximidades do sítio.

O abrigo de Santana do Riacho- MG- Prevalece a monocromática em figurações de veados. Verifica-se algumas superposições de figuras em vermelho. A textura do desenho é feita com aplicação de linhas pontilhadas horizontais e linhas contínuas. Os desenhos desta Lapa, comparados com os de Cerca Grande, apresentam movimentação mais intensa, com prejuízo da forma anatômica.

Passaremos agora a uma abordagem da pintura que mais ou menos corresponde a dos povos agricultores (neolítico).

As formas geométricas como circunferência, quadrado, retângulo e triângulo não são encontradas na natureza. Não correspondem a realidade vivida pelo homem pré-histórico. Por isso, quando o primitivo traça um perfil figurativo usando tais formas geométricas ele começa a chegar a um desenho abstrato. A figuração já exige do fruidor um esforço de interpretação, a exemplo dos painéis de Sete Cidades, no Piauí, onde o realismo mágico cedeu lugar a simplificação e à geometrização das imagens. Em São Raimundo Nonato, PI, na Toca do Salitre encontra-se a figuração de um casal em que o desenho do homem é elaborado a partir de planos retangulares e triangulares. A mulher aparece bem menor que o homem, representada por três blocos geométricos formados pelos membros superiores, abdômen de gestante e membros inferiores. Ainda em São Raimundo Nonato, na Toca da Extrema, homens em volta de uma árvore, formam um curioso painel. Houve uma nítida intenção de organizar o espaço ao ordenar as pessoas em filas harmônicas.

Santarém, centro das explorações arqueológicas da cultura tapajó, localiza-se nas proximidades do encontro do rio Tapajós com o Rio Amazonas. Ninuendaju faz referências desse povo que chegou a defrontar-se com os espanhóis expulsando Orelana em 1542. Em 1630 expulsaram também uma nau inglesa matando os homens que desejavam estabelecer uma plantação de tabaco na região. Mas não pode resistir à aventura portuguesa que os destruiu.(NINUENDAJU, C. 1949) Este povo agricultor fixo em solo fértil, domesticou animais e substituiu as cabaças por vasilhame de argila moldadas nas formas práticas para usos definidos. A cerâmica de Santarém , como é conhecida, é algo mais que um simples aparelho utilitário ou funcional. A graciosidade da composição ultrapassa os limites dos recipientes. Caracteriza-se pela elaborada modelagem de pássaros, animais e figuras humanas, combinada com incisões e ponteados, fixadas ao vaso. O excesso de ornatos em relevo confere à cerâmica um ar de aguçada sensibilidade. Não é uma expressão puramente artística, mas não deixa de revelar uma mensagem altamente estética.

Escultura

Segundo André Prous, no Brasil, muito pouco foi encontrado até hoje em termos de escultura pré-histórica e que as mais bem elaboradas são originárias da região onde predominavam as culturas tapajó e trombetas. (PROUS, A 1984, p 71).

O estudioso Barbosa Rodrigues, em obra publicada em 1899, pensava que os Muiraquitãs eram estatuetas feitas de jade procedentes da Ásia, com os primeiros elementos humanos que povoaram a América (BARBOSA RODRIGUES, J, 1899). Com o tempo a arqueologia descobriu que os Muiraquitãs foram produzidos pelos pré-colombianos da região dos rios Tapajós e Trombetas, com mineral de ótima plasticidade, como esteatita, ardósia, arenito e serpentina. Representam figuras de animais estilizados em linhas geométricas e harmoniosas. Apresentam orifícios paralelos indicando uma utilização prática. Compreende-se por Sambaquis os depósitos constituídos de montões de conchas, restos de cozinha e de esqueletos acumulados por homens pré-históricos, na região sul do Brasil. Enquanto os motivos da escultura tapajó eram animais próprios da hiléia amazônica, os povos dos Sambaquis projetavam os peixes e as aves que eram os complementos de sua alimentação à base de horticultura. O apuro técnico a que chegaram, em alguns exemplares da escultura em pedra, mostram um extraordinário domínio da forma que perseguiram. Era evidente a intenção da delicadeza e da harmonia das linhas quer nas incisões quer nas excisões.

Antônio de Paiva MOURA
Bibliografia

1- RUBINGER, Marcos Magalhães - "Pintura rupestre: algo mais que arte pré-histórica" -Belo Horizonte- Interlivros-1979 pág.29.
2- RUBINGER, Marcos Magalhães-op.cit.Pág.38.
3- REINACH, S. - "L'art et la magie", L'Antropologi - In: Bastide Roger - "Arte e Sociedade " - São Paulo- Cia. Editora Nacional -1971-pág.46
4- RUBINGER, Marcos Magalhães - op.cit.Pág.38
5- BARATA Frederico - "Arqueologia" - In: As artes plásticas no Brasil "- Rio de Janeiro- Banco Hipotecário Lar Brasileiro -1952- págs. 44
6- BARATA, Frederico - op. cit. Págs. 44/46.
7- BARATA, Frederico- Po .cit.
8- NINUENDAJU, Curt - "Os Tapajós" - In: Boletim do Museu Paraense.
"Emílio Goeldi", tomo X, Belém, 1949.
9- PROUS, André - "Os artistas da pedra" - In: "Herança" - São Paulo- Dow-1984 -pág.71.
10- BARBOSA RODRIGUES, J. - "O Muyrakitã e os ídolos symbólicos" - Rio de Janeiro - Imprensa Nacional - 1899. (citado por Frederico Barata).

PRINCIPAIS ARTISTAS PLASTICOS BRASILEIROS

Aldemir Martins (1927-) Cangaceiros (1951); Gato (1977)
Aldo Bonadei (1906-1974) Fundo de Quintal (1944); Paisagem (1964)
Aleijadinho
(1730-1814) veja Antônio Francisco Lisboa
Alex Flemming (1954-) Anjo (1984); A Queda dos Obeliscos (1988) Flexor, Samson (1907-1971) Va et Vient (1954); Composição em Cinza e Rosa (1969)
Alex Vallauri (1949-1987) Festa na Casa da Rainha do Frango Assado (1985)
Alfredo Volpi (1896-1988) Casas (1955); Bandeirinhas (1960); Portas, Janelas e Bandeiras (1963); Composição em Ogiva (1980)
Almir Mavignier (1925-) Quadrados (1957); Deslocamento e Mudança de Cores (1971)
Amélia Toledo (1926-) Onda (1987); Mundo de Espelhos (1988)
Amílcar de Castro (1920-) Unidade (1964); Cavalo (1972); Escultura (1989)
Anita Malfatti (1896-1967) A Estudante Russa (1915); O Farol (1915); O Homem Amarelo (1915-1916); A Boba (1917)
Anna Bella Geiger (1933-) (nº 1 Blau Platz (1984); Pier e Ocean com Pesos Pesados e Leves (1987)
Antonio Dias (1944-) Fumaça do Prisioneiro (1964); O Herói Despido (1966); Os Olhos Vazios (1988)
Antônio Francisco Lisboa (1730-1814) Os Passos da Paixão (1796-1799) e o Adro dos Profetas (1800-1805) em Congonhas do Campo, MG
Antonio Gomide (1895-1967) Paisagem com Barcos (1923); Composição Cubista (1932)
Antonio Henrique Amaral (1935-) Bananas (1970); Expansão (1977)
Antonio Parreiras (1860-1937) Iracema (1909); Restinga em Março (1933)
Arcângelo Ianelli (1922-) Em Busca da Liberdade (1963); Superposição de Quadrados (1973); Réquiem (1987); Vibrações em Vermelho (1990) Jardim, Evandro (1935-) O Quadro da Árvore e o Quadro da Casa (1977); Jaraguá (1979)
Artur Luíz Piza (1928-) Tela Mosaico nº 58 (1963); Noite Estrelada (1989)
Benê Fonteles (1937-) Xerografia (1980); Para o Espírito de Mira Schendel (1989)
Bruno Giorgi (1905-) Mulher ao Luar (1949); Candangos (1957); Meteoro (1968)
Cândido Portinari (1903-1962) Café (1935); Futebol (1940); Retirantes (1944); A Guerra e a Paz (1957)
Carlos Fajardo (1941-) Três Horas/Diferentes Pessoas/Em Santos/Fora de Casa (1977); Sem Título (1988)
Carlos Scliar (1920-) Gravuras Gaúchas (1952); Cavalete com Aperos (1955)
Carlos Vergara (1941-) O Berço Esplêndido (1969); Instalação com Pintura (1989)
Carmela Gross (1944-) Projeto para a Construção de um Céu (1980); Cachoeira (1985)
Cícero Dias (1908-) Eu Vi o Mundo, Ele Começava no Recife (1929); Sonho de Prostituta (1930); Banho de Rio (1931); Época (1953)
Cildo Meireles (1948-) Espelho Cego (1970); Desvio para o Vermelho (1986); Olvido (1989)
Cláudio Tozzi (1944-) O Bandido da Luz Vermelha (1967); Papagália 11 (1980) Tuneu (1948-) Preto e Branco (1974); Considerações sobre um Relógio de Sol (1985-1986) Tunga (1952-) Vênus (1977); Les Bijoux de Madame de Sade (Escalpo) (1984)
Clóvis Graciano (1907-1988) Dança (1935); Capoeira (1962)
Daniel Senise (1955-) A Palheta (1985); VG (1989)
Dudi Maia Rosa (1946-) Io (1981); Sim (1981)
Eliseu Visconti (1867-1944) Gioventú (1898); Cabral Guiado pela Previdência (1899); As Oréadas (1899); A Carta (1906)
Eliseu Visconti (1867-1944) Gioventú (1898); Cabral Guiado pela Previdência (1899); As Oréadas (1899); A Carta (1906)
Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) Morro (1929); Cinco Moças de Guaratinguetá (1930); Mulher Sentada (1941); Pescadores (1951)
Ernesto de Fiori (1884-1945) Figura Feminina (1937); O Brasileiro (1938)
Fabiana de Barros (1957-) 7/R3 - Instalação das Torres (1989); Allerretour (1996)
Geraldo de Barros (1923-1998) Pássaros Noturnos (1951); Objeto Forma (1953); Tríptico (1986)
Farnese de Andrade (1926-) Hiroshima (1972); Máquina 5 (1978)
Fayga Ostrower (1920-) A Morte e a Donzela (1953); 7113 (1971)
Flávio de Carvalho (1899-1973) Nu Feminino Deitado (1932); Figura (1937); Série Trágica: Minha Mãe Morrendo (1947); Retrato de José Lins do Rêgo (1948)
Flávio Shiró (1928-) Tríptico (1962); Délfica (1963); Díptico (1989)
Francisco Brennand (1927-) Os Pássaros (1990); Inês de Castro (1994)
Francisco Stockinger (1919-) Agressão (1963); Carcará (1966); Sobrevivente V (1976)
Frans Krajcberg (1921-) Floração (1968); Cascas (1991-1992)
Franz Weissmann (1914-) Torre (1957); Coluna Essencialista (1979-1985); Cubo Aberto (1985)
Frida Baranek (1961-) Bolo (1990); Sem Título (1990) Baravelli, Luís Paulo (1942-) A Ilha (1973); Belina Azul a Álcool (1983); Primeiras Considerações sobre o Espaço/Tempo (1987)
Gilvan Samico (1928-) Comedor de Folhas (1962); A Fonte (1990)
Giovanni B. Castagneto (1851-1900) Praia de Santa Luzia (1884); Marinha com Barco (1895); Paisagem com Barco ao Seco (1895)
Guto Lacaz (1948-) Rádios Pescando (1986), Eletro Esfero Espaço (1987)
Hélio Oiticica (1937-1980) Metaesquema (1957); Parangolés (1965); Tropicália (1967)
Hércules Barsotti (1914-) Preto, Branco, Preto (1960); Impulso Central (1964)
Hermelindo Fiaminghi (1920-) Retícula, Cor, Luz (1961); Elevação Vertical com Movimento Horizontal (1955)
Hudinilson Júnior (1957-) Narcisse/Exercício de Me Ver (1984)
Iberê Camargo (1914-1994) Carretel Azul (1960); Expansão (1964); Figura (1965); Hora X (1984)
Ismael Nery (1900-1934) Eva (1925); Nu (1927); Nu Cubista (1927); O Encontro (1928)
Ivald Granato (1949-) O Quadro em Frente ao Dólar (1983); Urubu Eletrônico (1986)
Ivan Serpa (1923-1973) Formas (1951); Construção nº 87 (1955); Figuras (1964)
Ivens Machado (1942-) Bumerangue (1979); Mapa Mundo (1979)
Jac Leirner (1961-) Os Cem (Roda) (1986); Nomes (1989)
Jean-Baptiste Debret (1768-1848) Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (1834-1839)
João Câmara (1944) Vietnose (1966); Efusivos e Saudosos (1975)
José Ferraz de A. Júnior (1850-1899) O Descanso do Modelo (1882); Caipira Picando Fumo (1893); O Importuno (1898)
José Leonílson (1957-1993) Dinossauro e Coelho (1983); O Orgulho das Suas Vontades (1988)
José Roberto Aguilar (1941-) Futebol I (1966); Woman (1997)
José Pancetti (1904-1958) Autovida (1945); Mangaratiba (1946); Praia da Bahia (1951); Areia Preta (1954)
José Resende (1945-) Sem Título (1985); Sem Título (1989)
Julio Plaza (1938-) Concept (1972); Instalação para Malevitch (1978)
Lasar Segall (1891-1957) Paisagem Brasileira (1925); Bananal (1927); Navio de Imigrantes (1939-1941); Guerra (1942)
León Ferrari (1927-) Lembranças de Meu Pai (1977); Releitura da Bíblia (1986-1987)
Lívio Abramo (1903-1992) Meninas de Fábrica (1935); Festa (1954); Paraguay, Plaza y Casas (1964)
Luiz Sacilotto (1924-) Retângulo Eventual (1954); Concrection 5732 (1957)
Lygia Clar (1920-) Plano em Superfície Modulada nº 2 (1956); Casulo nº 3 (1959); Bicho, Caranguejo Duplo (1961); O Dentro É o Fora (1963)
Lygia Pape (1929-) Tecelares (1958); Ovos de Vento (1979); Amazoninos (1990)
Maciej Antoni Babinski (1931-) Mulheres (1963); Gravura X (1967) Bandeira, Antonio (1922-1967) A Grande Cidade Iluminada (1953); Flora Noturna (1959); A Árvore (1965)
Manuel da Costa Ataíde (1762-1830) Teto da Igreja de São Francisco (Ouro Preto) (1801-1812); A Santa Ceia (1828)
Marcelo Grassmann (1925) Íncubus Súcubus nº 4 (1953); Gravura I (1966); A Morte e a Donzela (1994)
Marcelo Nitsche (1942-) Aliança para o Progresso (1965); Massas (1986)
Maria Bonomi (1935) Xilogravura I (1953); Antiprojeto (1966)
Maria Martins (1900-1973) Cobra Grande (1942); A Soma de Nossos Dias (1954-1955)
Mário Zanini (1907-1971) Igreja de São Vicente (1940)
Miltom Dacosta (1915-1988) Sobre Fundo Negro (1954-1955); Em Vermelho (1958); Figura (1967)
Mira Schendel (1919-1988) Dicembre (1963); Os Telefonemas (1974)
Nelson Leirner (1932-) Doremifasolasidore (1965); Adoração (1966)
Nuno Ramos (1960-) O Castigo (1985)
Oswaldo Goeldi (1895-1961) Amanhecer na Praia (1930); Pescadores (1950-1952); Chuva (1955); Pescador (1970)
Pedro Américo (1843-1905) O Grito do Ipiranga (1888); Batalha do Avaí (1879); A Carioca (1882)
Regina Silveira (1939-) As Loucas (1963); Destrutura Urbana IV (1974); Símile 5 (1983)
Renina Katz (1926-) Favela (1948-1956); Cárceres (1978); Contradição (1986)
Rodolfo Amoedo (1857-1941) Marabá (1882); O Último Tamoio (1883) Araújo, Emanoel (1940-) Mulheres e Gatos (1964); Fálico Exu (1987)
Rodolfo Bernardelli (1857-1936) Moema (1895); Cristo e a Adúltera (1878-1879)
Rubem Valentim (1922-) Composição nº 5 (1953); Objeto Emblemático nº 5 (1969); Emblema VI (1989)
Rubens Gerchman (1942-) A Bela Lindonéia (1966); Ar (1967); Black Cadilack (1986)
Sérgio de Camargo (1930-) Relevo nº 182 (1967); Relevo nº 193 (1968); Opus 576 (1985)
Sirón Franco (1947-) Título Proibido (1984); O Analista (1984)
Takashi Fukushima (1950-) Haliotis (1992); Black and Blue (Díptico) (1995)
Tarsila do Amaral (1886-1973) A Negra (1923); Abaporu (1928); Antropofagia (1929); Operários (1931)
Tikashi Fukushima (1920-) Vento e Mar (1960); Vento de Outono (1986)
Tomie Ohtake (1913-) Composição em Amarelo (1966); Composição (1974); Vermelho (1985)
Valença Lins Darel (1924-1984) Cidade (1960); Pin-Up em Verde (1979)
Vicente do Rêgo Monteiro (1899-1970) Menino Nu e Tartaruga (1923); Flagelação (1923); Atirador de Arco (1925); Pietá (1966)
Victor Brecheret (1894-1955) Eva (1920); Cabeça de Cristo (1920); Monumento às Bandeiras (1936-1953); Índio e a Suassuapara (1951)
Vítor Meireles (1832-1903) A Primeira Missa no Brasil (1860); Moema (1866); Batalha dos Guararapes (1879)
Waldemar Cordeiro (1925-1973) Movimento (1951); Dólar (1966); Auto-Retrato Probabilístico (1969)
Waltércio Caldas (1946-) As Sete Estrelas do Silêncio (1978); Convite ao Raciocínio (1980); Curva (1988)
Wega Nery (1916-) Barcarola Branca (1960); Perspectivas (1963)
Wesley Duke Lee (1931-) Tiradentes (1978); A Fortaleza de Arkadin (1990)
Willys de Castro (1926-) Composição VI: Distribuição Rítmica sobre um Sistema Modulado (1953); Objeto Ativo 1-1 (1962) Catunda, Leda (1961) Chica a Gata e Jonas o Gato (1985); Ronda Noturna (1988)

Yolanda Mohalyi (1909-1978) Composição I (1959); Em Alguma Parte (1970)

Abramo, Lívio (1903-1992) – Meninas de Fábrica (1935); Festa (1954); Paraguay, Plaza y Casas (1964).

Aguilar, José Roberto (1941-) – Futebol I (1966); Woman (1997).

Aleijadinho, Antônio Francisco Lisboa, o (1730-1814) – Os Passos da Paixão (1796-1799) e o Adro dos Profetas (1800-1805) em Congonhas do Campo, MG.

Almeida Júnior, José Ferraz de (1850-1899) – O Descanso do Modelo (1882); Caipira Picando Fumo (1893); O Importuno (1898).

Amaral, Antonio Henrique (1935-) – Bananas (1970); Expansão (1977).

Amaral, Tarsila do (1886-1973) – A Negra (1923); Abaporu (1928); Antropofagia (1929); Operários (1931).

Américo, Pedro (1843-1905) – O Grito do Ipiranga (1888); Batalha do Avaí (1879); A Carioca (1882).

Amoedo, Rodolfo (1857-1941) – Marabá (1882); O Último Tamoio (1883).

Araújo, Emanoel (1940-) – Mulheres e Gatos (1964); Fálico Exu (1987).

Ataíde, Manuel da Costa (1762-1830) – Teto da Igreja de São Francisco (Ouro Preto) (1801-1812); A Santa Ceia (1828).

Babinski, Maciej Antoni (1931-) – Mulheres (1963); Gravura X (1967).

Bandeira, Antonio (1922-1967) – A Grande Cidade Iluminada (1953); Flora Noturna (1959); A Árvore (1965).

Baranek, Frida (1961-) – Bolo (1990); Sem Título (1990).

Baravelli, Luís Paulo (1942-) – A Ilha (1973); Belina Azul a Álcool (1983); Primeiras Considerações sobre o Espaço/Tempo (1987).

Barros, Fabiana de (1957-) – 7/R3 – Instalação das Torres (1989); Allerretour (1996).

Barros, Geraldo de (1923-1998) – Pássaros Noturnos (1951); Objeto Forma (1953); Tríptico (1986).

Barsotti, Hércules (1914-) – Preto, Branco, Preto (1960); Impulso Central (1964).

Bernardelli, Rodolfo (1857-1936) – Moema (1895); Cristo e a Adúltera (1878-1879).

Bonadei, Aldo (1906-1974) – Fundo de Quintal (1944); Paisagem (1964).

Bonomi, Maria (1935-) – Xilogravura I (1953); Antiprojeto (1966).

Brecheret, Victor (1894-1955) – Eva (1920); Cabeça de Cristo (1920); Monumento às Bandeiras (1936-1953); Índio e a Suassuapara (1951).

Brennand, Francisco (1927-) – Os Pássaros (1990); Inês de Castro (1994).

Caldas, Waltércio (1946-) – As Sete Estrelas do Silêncio (1978); Convite ao Raciocínio (1980); Curva (1988).

Câmara, João (1944) – Vietnose (1966); Efusivos e Saudosos (1975).

Camargo, Iberê (1914-1994) – Carretel Azul (1960); Expansão (1964); Figura (1965); Hora X (1984).

Camargo, Sérgio de (1930-) – Relevo nº 182 (1967); Relevo nº 193 (1968); Opus 576 (1985).

Carvalho, Flávio de (1899-1973) – Nu Feminino Deitado (1932); Figura (1937); Série Trágica: Minha Mãe Morrendo (1947); Retrato de José Lins do Rêgo (1948).

Castagneto, Giovanni B. (1851-1900) – Praia de Santa Luzia (1884); Marinha com Barco (1895); Paisagem com Barco ao Seco (1895).

Castro, Amílcar de (1920-) – Unidade (1964); Cavalo (1972); Escultura (1989).

Castro, Willys de (1926-) – Composição VI: Distribuição Rítmica sobre um Sistema Modulado (1953); Objeto Ativo 1-1 (1962).

Catunda, Leda (1961-) – Chica a Gata e Jonas o Gato (1985); Ronda Noturna (1988).

Clark, Lygia (1920-) – Plano em Superfície Modulada nº 2 (1956); Casulo nº 3 (1959); Bicho, Caranguejo Duplo (1961); O Dentro É o Fora (1963).

Cordeiro, Waldemar (1925-1973) – Movimento (1951); Dólar (1966); Auto-Retrato Probabilístico (1969).

Dacosta, Miltom (1915-1988) – Sobre Fundo Negro (1954-1955); Em Vermelho (1958); Figura (1967).

Darel, Valença Lins (1924-1984) – Cidade (1960); Pin-Up em Verde (1979).

Di Cavalcanti, Emiliano (1897-1976) – Morro (1929); Cinco Moças de Guaratinguetá (1930); Mulher Sentada (1941); Pescadores (1951).

Dias, Antonio (1944-) – Fumaça do Prisioneiro (1964); O Herói Despido (1966); Os Olhos Vazios (1988).

Dias, Cícero (1908-) – Eu Vi o Mundo, Ele Começava no Recife (1929); Sonho de Prostituta (1930); Banho de Rio (1931); Época (1953).

Duke Lee, Wesley (1931-) – Tiradentes (1978); A Fortaleza de Arkadin (1990).

Fajardo, Carlos (1941-) – Três Horas/Diferentes Pessoas/Em Santos/Fora de Casa (1977); Sem Título (1988).

Farnese de Andrade (1926-) – Hiroshima (1972); Máquina 5 (1978).

Ferrari, León (1927-) – Lembranças de Meu Pai (1977); Releitura da Bíblia (1986-1987).

Fiaminghi, Hermelindo (1920-) – Retícula, Cor, Luz (1961); Elevação Vertical com Movimento Horizontal (1955).

Fiori, Ernesto de (1884-1945) – Figura Feminina (1937); O Brasileiro (1938).

Flemming, Alex (1954-) – Anjo (1984); A Queda dos Obeliscos (1988).

Flexor, Samson (1907-1971) – Va et Vient (1954); Composição em Cinza e Rosa (1969).

Fonteles, Benê (1937-) – Xerografia (1980); Para o Espírito de Mira Schendel (1989).

Franco, Sirón (1947-) – Título Proibido (1984); O Analista (1984).

Fukushima, Takashi (1950-) – Haliotis (1992); Black and Blue (Díptico) (1995).

Fukushima, Tikashi (1920-) – Vento e Mar (1960); Vento de Outono (1986).

Geiger, Anna Bella (1933-) – nº 1 Blau Platz (1984); Pier e Ocean com Pesos Pesados e Leves (1987).

Gerchman, Rubens (1942-) – A Bela Lindonéia (1966); Ar (1967); Black Cadilack (1986).

Giorgi, Bruno (1905-) – Mulher ao Luar (1949); Candangos (1957); Meteoro (1968).

Goeldi, Oswaldo (1895-1961) – Amanhecer na Praia (1930); Pescadores (1950-1952); Chuva (1955); Pescador (1970).

Gomide, Antonio (1895-1967) – Paisagem com Barcos (1923); Composição Cubista (1932).

Graciano, Clóvis (1907-1988) – Dança (1935); Capoeira (1962).

Granato, Ivald (1949-) – O Quadro em Frente ao Dólar (1983); Urubu Eletrônico (1986).

Grassmann, Marcelo (1925) – Íncubus Súcubus nº 4 (1953); Gravura I (1966); A Morte e a Donzela (1994).

Gross, Carmela (1944-) – Projeto para a Construção de um Céu (1980); Cachoeira (1985).

Guignard, Alberto da Veiga (1896-1962) – A Família do Fuzileiro Naval (1930); Auto-Retrato (1931); Léa e Maura (1940); Ouro Preto (1951).

Hudinilson Júnior (1957-) – Narcisse/Exercício de Me Ver (1984).

Ianelli, Arcângelo (1922-) – Em Busca da Liberdade (1963); Superposição de Quadrados (1973); Réquiem (1987); Vibrações em Vermelho (1990).

Jardim, Evandro (1935-) – O Quadro da Árvore e o Quadro da Casa (1977); Jaraguá (1979).

Katz, Renina (1926-) – Favela (1948-1956); Cárceres (1978); Contradição (1986).

Krajcberg, Frans (1921-) – Floração (1968); Cascas (1991-1992).

Lacaz, Guto (1948-) – Rádios Pescando (1986), Eletro Esfero Espaço (1987).

Leirner, Jac (1961-) – Os Cem (Roda) (1986); Nomes (1989)

Leirner, Nelson (1932-) – Doremifasolasidore... (1965); Adoração (1966).

Leonílson, José (1957-1993) – Dinossauro e Coelho (1983); O Orgulho das Suas Vontades (1988).

Mabe, Manabu (1924-1997) – Abstracionismo (1967); O Tempo Passa (1979).

Machado, Ivens (1942-) – Bumerangue (1979); Mapa Mundo (1979).

Malfatti, Anita (1896-1967) – A Estudante Russa (1915); O Farol (1915); O Homem Amarelo (1915-1916); A Boba (1917).

Martins, Aldemir (1927-) – Cangaceiros (1951); Gato (1977).

Martins, Maria (1900-1973) – Cobra Grande (1942); A Soma de Nossos Dias (1954-1955).

Mavignier, Almir (1925-) – 9 Quadrados (1957); Deslocamento e Mudança de Cores (1971).

Meireles, Cildo (1948-) – Espelho Cego (1970); Desvio para o Vermelho (1986); Olvido (1989).

Meireles, Vítor (1832-1903) – A Primeira Missa no Brasil (1860); Moema (1866); Batalha dos Guararapes (1879).

Mohalyi, Yolanda (1909-1978) – Composição I (1959); Em Alguma Parte (1970).

Nery, Ismael (1900-1934) – Eva (1925); Nu (1927); Nu Cubista (1927); O Encontro (1928).

Nery, Wega (1916-) – Barcarola Branca (1960); Perspectivas (1963).

Nitsche, Marcelo (1942-) – Aliança para o Progresso (1965); Massas (1986).

Ohtake, Tomie (1913-) – Composição em Amarelo (1966); Composição (1974); Vermelho (1985).

Oiticica, Hélio (1937-1980) – Metaesquema (1957); Parangolés (1965); Tropicália (1967).

Ostrower, Fayga (1920-) – A Morte e a Donzela (1953); 7113 (1971).

Pancetti, José (1904-1958) – Autovida (1945); Mangaratiba (1946); Praia da Bahia (1951); Areia Preta (1954).

Pape, Lygia (1929-) – Tecelares (1958); Ovos de Vento (1979); Amazoninos (1990).

Parreiras, Antonio (1860-1937) – Iracema (1909); Restinga em Março (1933).

Piza, Artur Luíz (1928-) – Tela Mosaico nº 58 (1963); Noite Estrelada (1989).

Plaza, Julio (1938-) – Concept (1972); Instalação para Malevitch (1978)

Portinari, Cândido (1903-1962) – Café (1935); Futebol (1940); Retirantes (1944); A Guerra e a Paz (1957).

Ramos, Nuno (1960-) – O Castigo (1985).

Rêgo Monteiro, Vicente do (1899-1970) – Menino Nu e Tartaruga (1923); Flagelação (1923); Atirador de Arco (1925); Pietá (1966).

Resende, José (1945-) – Sem Título (1985); Sem Título (1989).

Rosa, Dudi Maia (1946-) – Io (1981); Sim (1981).

Sacilotto, Luiz (1924-) – Retângulo Eventual (1954); Concrection 5732 (1957).

Samico, Gilvan (1928-) – Comedor de Folhas (1962); A Fonte (1990).

Schendel, Mira (1919-1988) – Dicembre (1963); Os Telefonemas (1974).

Scliar, Carlos (1920-) – Gravuras Gaúchas (1952); Cavalete com Aperos (1955).

Segall, Lasar (1891-1957) – Paisagem Brasileira (1925); Bananal (1927); Navio de Imigrantes (1939-1941); Guerra (1942).

Senise, Daniel (1955-) – A Palheta (1985); V.G. (1989).

Serpa, Ivan (1923-1973) – Formas (1951); Construção nº 87 (1955); Figuras (1964).

Shiró, Flávio (1928-) – Tríptico (1962); Délfica (1963); Díptico (1989).

Silveira, Regina (1939-) – As Loucas (1963); Destrutura Urbana IV (1974); Símile 5 (1983).

Stockinger, Francisco (1919-) – Agressão (1963); Carcará (1966); Sobrevivente V (1976).

Toledo, Amélia (1926-) – Onda (1987); Mundo de Espelhos (1988).

Tozzi, Cláudio (1944-) – O Bandido da Luz Vermelha (1967); Papagália 11 (1980).

Tuneu (1948-) – Preto e Branco (1974); Considerações sobre um Relógio de Sol (1985-1986).

Tunga (1952-) – Vênus (1977); Les Bijoux de Madame de Sade (Escalpo) (1984).

Valentim, Rubem (1922-) – Composição nº 5 (1953); Objeto Emblemático nº 5 (1969); Emblema VI (1989).

Vallauri, Alex (1949-1987) – Festa na Casa da Rainha do Frango Assado (1985).

Varejão, Adriana (1964-) – Ícone (1987); Santo (1988).

Vergara, Carlos (1941-) – O Berço Esplêndido (1969); Instalação com Pintura (1989).

Visconti, Eliseu (1867-1944) – Gioventú (1898); Cabral Guiado pela Previdência (1899); As Oréadas (1899); A Carta (1906).

Volpi, Alfredo (1896-1988) – Casas (1955); Bandeirinhas (1960); Portas, Janelas e Bandeiras (1963); Composição em Ogiva (1980).

Weissmann, Franz (1914-) – Torre (1957); Coluna Essencialista (1979-1985); Cubo Aberto (1985).

Zanini, Mário (1907-1971) – Igreja de São Vicente (1940).

ARTE COM O TRABALHO EM EXPRESSÃO

A história do artesanato tem início no mundo com a própria história do homem, pois a necessidade de se produzir bens de utilidades e uso rotineiro, e até mesmo adornos, expressou a capacidade criativa e produtiva como forma de trabalho.

Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais e vegetais.

No Brasil, o artesanato também surgiu neste período. Os índios foram os mais antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura, usando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário feitos com penas e plumas de aves.

O artesanato pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado de várias formas como, nas cerâmicas utilitária, funilaria popular, trabalhos em couro e chifre, trançados e tecidos de fibras vegetais e animais (sedenho), fabrico de farinha de mandioca, monjolo de pé de água, engenhocas, instrumentos de música, tintura popular. E também encontram-se nas pinturas e desenhos (primitivos), esculturas, trabalhos em madeiras, pedra guaraná, cera, miolo de pão, massa de açúcar, bijuteria, renda, filé, crochê, papel recortado para enfeite, etc.

O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região.
Tipos de artesanatos brasileiro
Cerâmica e bonecos de barro

É a arte popular e de artesanato mais desenvolvidas no Brasil e desenvolveu-se em regiões propícias à extração de sua matéria prima - o barro. Nas feiras e mercados do Nordeste, se encontram os bonecos de barro, reconstituindo figuras típicas da região, como os cangaceiros, retirantes, vendedores, músicos e rendeiras.
Renda

A renda, presente em roupas, lenços, toalhas e outros artigos, tem um importante papel econômico nas regiões Norte, Nordeste e Sul, e é desenvolvida pelas mãos das rendeiras.
Entalhando a madeira

É uma manifestação cultural muito utilizada pelos índios nas suas construções de armas, utensílios, embarcações, instrumentos musicais, máscaras e bonecos.

Os artesanatos em madeira produzem objetos diversificados com motivos da natureza, do universo humano e a fantasia. Exemplos disso são as carrancas, ou cabeças-de-proa, os utensílios como cocho, pilão, gamelas e móveis simples e rústicos, os engenhos, moendas, tonéis, carroças e o maior produto artesanal em madeira - contando com poucas partes de metal - são os carros de bois.
Cestas e trançados

A arte de trançar fibras, deixada pelos índios, inclui esteiras, redes, balaios, chapéus, peneiras e outros. Quanto à decoração, os objetos de trançados possuem uma imensa variedade, explorada através de formas geométricas, espessuras diferentes, corantes e outros materiais. Esse tipo de artesanato pode-se encontrar espalhados em diversas regiões do Norte e Nordeste do Brasil como, na Bahia, Mato Grosso, Maranhão, Pará e o Amazonas.
Artesanato indígena

Cada grupo ou tribo indígena tem seu próprio artesanato. Em geral, a tinta usada pelas tribos é uma tinta natural, proveniente de árvores ou frutos.

Os adornos e a arte plumária são outro importante trabalho indígena.

A grande maioria das tribos desenvolvem a cerâmica e a cestaria. E como passatempo ou em rituais sagrados, os índios desenvolveram flautas e chocalhos.

O QUE É ARTE?

Criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura.

É um conjunto de procedimentos que utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Se apresenta sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais), hoje alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra.

O artista precisa da arte e da técnica para comunicar-se.
Quem faz arte?

O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo.

O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.
Por que o mundo necessita de arte?

Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser ...feita para decorar o mundo... para espelhar o nosso mundo (naturalista)... para ajudar no dia-a-dia (utilitária)...para explicar e descrever a história...para ser usada na cura doenças... para ajuda a explorar o mundo.
Como entendemos a arte?

O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar.
O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?

Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único.

Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por categorias e rotulá-las.

É um procedimento comum na arte ocidental.

Exemplo:
Renascimento
Impressionismo
Cubismo
Surrealismo
Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?

Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo tiveram.
Como as idéias se espalham pelo mundo?

Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às pessoas idéias de outras culturas. Os progresssos na tecnologia também difundiram técnicas e teorias. Elas se espalham através da arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizações; pela fotografia, a arte passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas internacionais de arte já tinham fotos; pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a televisão em 1926, permitindo que as idéias fossem transmitidas por todo o mundo rapidamente, os estilos de arte podem ser observados, as teorias debatidas e as técnicas compartilhadas; pela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e e arte podiam ser impressos e distribuídos em grande quantidade; pela internet, alguns artistas colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bem como saber sobre outros estilos.

Fonte: www.artesbr.hpg.ig.com.br
História da Arte

O sentido da palavra "ARTE", assim como a classificação das atividades a ela ligadas , variou muito desde o início da Idade Média européia. Esta tinha herdado da Antiguidade a noção de artes liberais , atividades intelectuais opostas àquelas em que intervinham a mão e o material. Mesmo considerando os "ofícios" (métiers) como inferiores , reconheceu-se que existia uma arte (conjunto de meios adequados) para melhor exercê-los.

Por outro lado , alguns desses ofícios , que exigiam especulação intelectual, formaram, no séc.XVIII, o grupo das belas-artes : arquitetura , escultura , pintura , gravura , às quais se juntaram a música e a coreografia. Os que as praticavam , segundo um processo iniciado desde a Renascença e ampliado pelo academismo , passaram da situação de trabalhadores ou artesãos - frequentemente ligados a tarefas coletivas - à posição mais independente de artistas. Durante muito tempo ainda a sociedade exigiria dos artistas a prática de um ofício : as profissões artísticas seriam aquelas das artes decorativas ou aplicadas ; nas quais colaboravam arquitetos , pintores, escultores, etc.

Finalmente , diante de uma civilização industrial que pretendia garantir por si mesma a produção de bens materiais , segundo normas coletivas quase sempre opressoras , aquilo que tinha sido até então a exceção (o privilégio intelectual do qual gozava um Leonardo da Vinci) se tornou habitual no séc.XIX e, mais ainda, no séc.XX.

O "grande pintor ou escultor, assim como o poeta - a menos que sua própria solidão o transforme num artista "maldito" - , toma a si a missão de expressar, para além de qualquer finalidade utilitária, certas dimensões privilegiadas da existência. Tarefa que pode tornar-se pesada demais para inúmeros artistas que, embora talentosos, estão mais ligados à produção de "imagens decorativas" e de evasão, de acordo com o gosto médio da maioria do público consumidor, que não dispõe do lazer, da ocasião, do preparo ou da orientação necessários para desfrutar de uma aventura artística mais ambiciosa.

Esta nova maneira de ver a missão da arte (e não mais das artes) resulta da exigência de liberdade cada vez mais reclamada por artistas que se vêem como "criadores" ou "pesquisadores", diante da alienação sócio- econômica-cultural.

Em lugar de perseguir a "beleza" e suas "regras", as vanguardas preferiram, de fato, em suas sucessivas oscilações, a busca de uma expressão tão autêntica quanto possível das pulsações do ser como ressonância de todas as coisas (do romantismo ao expressionismo e ao surrealismo), ou de uma especulação sobre todas as coisas e, principalmente, sobre a natureza mesma da arte (da abstração enquanto plástica pura às tendências conceituais, passando pela antiarte do dadaísmo).

Assim, a natureza da arte revela-se indefinível: atividade humana que percebemos como específica, mas cujos contornos se desmancham, assim como desaparecem as fronteiras entre disciplinas antes codificadas (pintura, escultura), e até mesmo, por vezes, a fronteira entre arte, escrita, ciências humanas, etc.

A arte engajada, que utiliza os meios do realismo ou do simbolismo, raramente nos satisfaz, dividida que é entre uma "forma" e um "fundo" - dicotomia recusada também pelas mais altas formas de literatura. No extremo oposto, a arte experimental, embora desejando colocar-se a serviço de todos, permanece hermética, e se vê (como a precedente) "recuperada" pelo esnobismo e pelo dinheiro, mostrando, quase sempre, apenas uma aparência de liberdade.

Em ambos os casos, as experiências bem-sucedidas parecem ser a exceção, atingindo apenas alguns poucos amantes da arte, e revelando-se tão-somente no próprio processo da criação.

O novo campo de sensibilidade descoberto pelo artista perde frequentemente sua virtude ao ser repetido (ainda que pelo próprio autor); só pode servir como base para novas superações

Vista sob este ângulo extremo de profecia delirante ou questionadora, a arte é uma atividade absolutamente subversiva, exorbitante das normas servis da realidade vivida, mas cuja finalidade poderia ser a de participar de uma hipotética liberação da vida (único ideal humano verdadeiramente sério), até se fundir com ela.

ROMÂNICO CAROLÍNGIO

Relativo a Carlos Magno, imperador de quase todo o ocidente, que realizou a primeira reunião de quase toda a Europa e lançou os ensinamentos da cristandade medieval.

Na seqüência das invasões bárbaras, o império romano do ocidente entrou em colapso. As regiões anteriormente sob o domínio romano foram divididas entre muitos soberanos. O estado, a justiça e a técnica sucumbiram. O nível de vida retrocedeu. O desenvolvimento das cidades estagnou.

Apenas o poder da igreja não se viu restringido. Tornou-se a mais importante depositária da cultura após a queda de Roma ocidental.

Os conventos beneditinos, primeira ordem monástica (529), tiveram um papel fundamental. Os livros antigos eram aqui compilados e traduzidos, a investigação e a instrução fomentadas nos monastérios.

Para garantirem sua base econômica, os conventos tinham terra e, desta forma, poder.

Serviam de refúgio, numa sociedade onde valia a lei do mais forte. A importância política, econômica, cultural e social da igreja cresceu no séc. VIII Pepino, rei dos francos, firma aliança com a igreja, aliança mais tarde desenvolvida por Carlos Magno. Desta forma o papa assegurou independência do imperador bizantino. Este pacto acontece no natal de 800, com a coroação de Carlos Mano como imperador, pelo papa Leão III, em Roma.

Afora as obras executadas no ou pelo império bizantino (Ravena, p. ex.), nada foi criado e grandioso, duradouro ou suntuoso na Europa. Em concorrência com a monarquia bizantina, houve um regresso à construção monumental em pedra, com Carlos Magno. Estas construções limitamse quase exclusivamente às igrejas e mosteiros (monastérios) na aliança entre clero e coroa.

A disposição das várias funções no recinto do mosteiro é significativa :
Tudo que é temporal encontrava-se no poente
Tudo que era espiritual, estava à nascente.

O módulo era o cruzeiro, entre a nave principal e o transepto. Deste modo foram erigidos edifícios simples, quase simétricos, com naves centrais carregadas de simbolismo, dominadas pelo grupo edificado à nascente (dedicado ao Senhor) e um parcialmente idêntico, à poente, que servia ao senhor secular.

Secular = leigo, não divino

O poente também se destinava ao rei ou imperador. No lado oposto do altar-mor sentava-se o executor terreno do arcanjo São Miguel. O primeiro caso é a capela Platina, no reinado de Carlos Magno. Na maioria dos casos o imperador e sua corte, utilizavam as igrejas dos conventos para o culto divino, às quais era anexada uma capela à oeste.

No que se refere às edificações românicas, a relação entre modelo e reprodução não deve ser interpretada no sentido de cópia. O essencial era a forma base e o espírito da construção.

Fechada, sólida, maciça, severa – estes conceitos são válidos na generalidade.

O termo "românico" cunhado apenas no século XIX não é exato. O românico não se difundiu apenas entre os povos de origem romana, ou seja, marcadas pela cultura de Roma antiga. Na Alemanha dos finais do séc. XIX procurou-se, por motivos nacionalistas, substituir a expressão românica por "germânica".

Em grande parte o românico parece ainda uma reação contra o período de instabilidade e decadência. As igrejas e os conventos assemelham-se a fortalezas, com muros grossos e pesados.

Há realce das linhas horizontais.

O efeito da pedra é puro, sem revestimento. A impressão provocada pelo espaço das igrejas românicas é :
Estática
Austera
Um pouco desajeitada

As criptas aumentavam ainda mais a imagem de desequilíbrio. O edifício agrupado cria a imagem de "fortaleza celeste" ou "palácio divino"
APÓS CARLOS MAGNO

Morto Carlos Magno (724-814), o Sacro Império Romano divide-se entre seus três herdeiros. Pelo tratado de Verdun, firmado em 843, a região que se estende dos Alpes ao mar do Norte cabe a Lotário, a Germânia a Luis e a Francônia a Carlos.

A Europa atravessa uma fase difícil: invasões diversas assolam seu território em todas as direções.

Os exércitos reais não conseguem deter os árabes, que, no século IX, atacaram Roma e Campânia (na Itália) e Marselha e Arles (na França atual). Pelo Norte atacam os normandos, apoderando-se das costas setentrionais da França, de parte da península Ibérica e da Inglaterra. No século X, incursões húngaras atingem a Lombardia, parte da França e Roma. Tudo contribuía para a decomposição das instituições monárquicas.

O poder real, diminuído em sua autoridade, vai sendo substituído pelo poder dos nobres castelões: o castelo feudal era a única fortaleza que oferecia alguma resistência aos invasores, e as populações atemorizadas se organizavam em torno dele. Essa instabilidade colabora para a propagação da crença de que o mundo acabaria no ano 1000. Os homens vivem aterrorizados com a perspectiva do juízo final pregado pela Igreja: temem o caos.

A arte reflete o apocalipse, as pinturas murais apavorantes retratam o pânico que invade a Europa ocidental.

Começou o ano 1001 e o mundo não acabou. Oto I, que reunificara a Germânia e fora coroado, pelo Papa João XII, imperador do Sacro Império Romano-Germânico (962), consegue dominar os húngaros e eslavos e expandir suas conquistas para o Norte. Ressurgem as atividades comerciais antes freadas pelas invasões, e o aumento demográfico é seguido pelo aumento de áreas cultivadas.

A Igreja fortalece seu poder temporal aumentando as extensões de terra que dominava até então: chega a possuir um terço de todo o território francês. Crescem as ordens monásticas, e a mais importante, a ordem de Cluny, fundada em 910, na Borgonha (França atual), vai estendendo sua autoridade a ponto de congregar, no início do século XII, 10 mil monges em 1.450 mosteiros espalhados por toda a Europa. A ordem cisterciense, por sua vez, conta com 530 mosteiros sob seu controle. A Igreja é a maior instituição desta época: ela domina, secular e culturalmente, o espírito medieval.

Nos anos que se seguiram ao ano 1000, viram-se reconstruir igrejas em quase toda a Europa cristã.

Mesmo quando isso não era necessário, cada comunidade cristã concorria em emulação para edificar santuários mais suntuosos que sua vizinha. A febre de construção que invadiu a Europa reflete o espírito da época, e o estilo românico, que caracterizou as artes desde o fim do século X até meados do século XII, sintetiza em seus traços a histórica desse período.



Abadia de Murbach

Alsácia, França





Basílica da Borgonha

Borgonha, França

   



Catedral de Roskilde

Sjaelland, Dinamarca

   

O feudalismo era a nova ordem da sociedade então, enquanto o Sacro Império ia se firmando politicamente.

Até esse momento, a arquitetura não diferenciava formalmente palácios de igrejas, devido ao fato de o imperador, de alguma forma, representar tanto o poder religioso quanto o temporal. Os beneditinos, logo após as primeiras reformas monacais, foram os primeiros a propor em suas construções as formas originais do românico.

Surge assim uma arquitetura abobadada, de paredes sólidas e delicadas colunas terminadas em capitéis cúbicos, que se distancia dos rústicos castelos de pedra que davam seqüência à linha pós-romana.

A Igreja é o único edifício onde se reúne a população, e parte importante da vida social se desenrola no seu interior. As ricas ordens monásticas e os nobres poderosos procuram elevar em louvor a Deus os testemunhos de sua fé.

Por isso, o estilo românico encontrará sua expressão maior na arquitetura.

Considerada "arte sacra", ela está voltada à construção de igrejas, monastérios, abadias e mosteiros - as "fortalezas sagradas".



Igreja Saint-Benoit-sur-Loire

Loiret, França

   

Igreja de Santa Maria de Ripoll

Gerona

  



Igreja de São Martinho

Frómista, Palência

   

A arte românica, cuja representação típica são as basílicas de pedra com duas apses e torres redondas repletas de arcadas, estendeu-se do século XI à primeira metade do século XIII. Seu cenário foi quase toda a Europa, exceto a França, que já a partir do século XII produzia arte gótica. Apesar da barbárie e do primitivismo que reinaram durante essa época, pode-se dizer que o românico estabeleceu as bases para a cultura européia da Idade Média.

Foi nas igrejas que o estilo românico se desenvolveu em toda a sua plenitude. Suas formas básicas são facilmente identificáveis: a fachada é formada por um corpo cúbico central, com duas torres de vários pavimentos nas laterais, finalizadas por tetos em coifa. Um ou dois transeptos, ladeados por suas fachadas correspondentes, cruzam a nave principal. Frisos de arcada de meio ponto estendem-se sobre a parede, dividindo a planta.

O motivo da arcada também se repete como elemento decorativo de janelas, portais e tímpanos. As colunas são finas e culminam em capitéis cúbicos lavrados com figuras de vegetais e animais. No conjunto, as formas cúbicas de muros e fachadas se combinam com as cilíndricas, de apses e colunas. Datam dessa época entre outras, as famosas catedrais de Worms, na Alemanha, St. Sernin de Toulouse, St. Trophyme em Arles, St. Madeleine de Vezelay e a Catedral de Autun, na França, Santo Ambrósio de Milão e a Catedral de Pisa.



Catedral de Pisa - Pisa, Itália

Força e solidez caracterizam as Igrejas românicas. O elemento essencial é a abóbada de pedra, tijolos e argamassa, em forma de berço, dada pelo arco de plena cinta (meia circunferência). Seu peso é sustentado por paredes espessas e maciças, com poucas janelas, para não comprometer a estabilidade da construção. Colunas internas e pilastras exteriores - chamadas contrafortes - proporcionam um reforço suplementar. Os pilares e colunas, às vezes formam espinhões - saliências na superfície interna das abóbadas. Os capitéis simples e robustos não obedecem a um estilo definido: são semi-esféricos, cúbicos, trapezoidais, conforme a fantasia do construtor.



Basílica de São Francisco

Assis, Itália

   



Catedral de Trani

Bari, Itália

   



Igreja de São Domingo

Santo Domingo

   

A fachada é simples. Sobre a porta central está o óculo, abertura circular para iluminação e ventilação do interior. O resultado final é sempre um conjunto imponente de interiores sombrios. O estilo românico sintetiza a alma dos homens que o criaram. Por um lado, reflete o medo que dominava as populações da Europa ocidental; por outro, exprime o profundo sentimento religioso que marcou o período. À medida que o tempo passava e o poderio da Igreja aumentava, as construções foram se tornando mais e mais requintadas. O luxo da Abadia e dos inúmeros mosteiros chegou a tal ponto que motivou protestos dentro da própria Igreja.

Embora o estilo românico tenha dominado a Europa ocidental, unida pela fé, sua arquitetura apresentou, entretanto, variações regionais de acordo com as influências locais diversas, que originaram várias escolas românicas.

Na antiga Magna Grécia (Sul da Itália), são comuns as construções de teto plano, paredes e pisos de mosaico. Em Roma persistem as tradições cristãs primitivas, mantendo-se a planta em cruz latina.

Na região de Milão, Como, Pavia, Verona, a arquitetura sofre influências dos lombardos. Na Toscana, mantêm-se as tradições greco-romanas. Em Veneza, a influência bizantina é acentuada. Na França, destaca-se a escola de Borgonha, orientada segundo as tradições da Abadia de Cluny, a de Auvergne, de influência espanhola, a de Perigeux, que utiliza a cúpula bizantina. Na Inglaterra, após a conquista de Guilherme, em 1066, a ascendência é nitidamente normanda. Na Alemanha, a influencia lombarda dá origem à escola renana. E, finalmente, na Espanha setentrional misturam-se os estilos cristão e sarraceno.

O plano protótipo da igreja românica deriva da basílica latina, local amplo, anteriormente destinado ao funcionamento dos tribunais romanos. A nave principal é cortada pelo transepto, o que lhe dá a simbólica forma de cruz. As naves laterais, secundando a principal, permitiam que muitos peregrinos circulassem sem interromper as celebrações dos rituais. Nas absides, pequenas capelas semicirculares que arrematam as naves, encontravam-se as imagens sagradas, e as valiosas relíquias eram encerradas na cripta, sob o altar principal. Entre o altar principal e as absides situa-se o coro, e tem-se acesso a essas capelas por uma passagem em semicírculo, denominada deambulatório. A iluminação indireta vem através das naves secundárias, dada por pequenas aberturas laterais, janelas diminutas que não conseguem atenuar o aspecto sombrio da igreja românica.

ARTE GÓTICA


No século XII, entre os anos 1150 e 1500, tem início uma economia fundamentada no comércio. Isso faz com que o centro da vida social se desloque do campo para a cidade e apareça a burguesia urbana.

No começo do século XII, a arquitetura predominante ainda é a românica, mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que conduziram a uma revolução profunda na arte de projetar e construir grandes edifícios.
ARQUITETURA

A primeira diferença que notamos entre a igreja gótica e a românica é a fachada. Enquanto, de modo geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais que dão acesso à três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.

A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV.

Outros elementos característicos da arquitetura gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais coloridíssimos que filtram a luminosidade para o interior da igreja.

As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres.
ESCULTURA

As esculturas estão ligadas à arquitetura e se alongam para o alto, demonstrando verticalidade, alongamento exagerado das formas, e as feições são caracterizadas de formas a que o fiel possa reconhecer facilmente a personagem representada.
ILUMINURAS

Iluminura é a ilustração sobre o pergaminho de livros manuscritos (a gravura não fora ainda inventada, ou então é um privilégio da quase mítica China)

Durante o século XII e até o século XV, a arte ganhou forma de expressão também nos objetos preciosos e nos ricos manuscritos ilustrados. Os copistas dedicavam-se à transcrição dos textos sobre as páginas. Ao realizar essa tarefa, deixavam espaços para que os artistas fizessem as ilustrações, os cabeçalhos, os títulos ou as letras maiúsculas com que se iniciava um texto..

Da observação dos manuscritos ilustrados podemos tirar duas conclusões: a primeira é a compreensão do caráter individualista que a arte da ilustração ganhava, pois destinava-se aos poucos possuidores das obras copiadas, a segunda é que os artistas ilustradores ao períodos gótico tornaram-se tão habilidosos na representação do espaço tridimensional e na compreensão analítica de uma cena, que seus trabalhos acabaram influenciando outros pintores.
PINTURA

A pintura gótica desenvolveu-se nos séculos XII, XIV e no início do século XV, quando começou a ganhar novas características que prenunciam o Renascimento. Sua principal particularidade foi a procura o realismo na representação dos seres que compunham as obras pintadas.

Os principais artistas na pintura gótica são os verdadeiros precursores da pintura do Renascimento (Duocento):
Giotto

A característica principal do seu trabalho foi a identificação da figura dos santos com seres humanos de aparência bem comum. E esses santos com ar de homem comum eram o ser mais importante das cenas que pintava, ocupando sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até ganhar plenitude no Renascimento.
Obras destacadas

Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis (Itália) e Retiro de São Joaquim entre os Pastores.
Jan Van Eyck

Procurava registrar nas suas pinturas os aspectos da vida urbana e da sociedade de sua época. Nota-se em suas pinturas um cuidado com a perspectiva, procurando mostrar os detalhes e as paisagens.

Obras destacadas

O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin.